domingo, 3 de agosto de 2008

Esvair-se
na
noite derretida
lama nos pés
os olhos molhados
escorre o mel
da boca
retraída

terça-feira, 24 de junho de 2008

segunda-feira, 3 de março de 2008

A inquietude da palavra
canta a chuva
cai a gota
no olhar
nos pés de quem para
na estrada sem destino
na poça caminha
o minino passeia
a mão nos sonhos
de quem voa.
Cai o som da chuva
nos olhos do minino
a dança sacode
o corpo
franzino
se desfaz
ao
amanhacer

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Um corte

O cheiro do corpo quente

Um ângulo reto a boca

Os poros explodindo densos.

Suores

Lençóis testemunha muda

Colhendo os gemidos tantos

Em gotas como leve pranto.

Os pelos

Emaranhados de cabelo

As pernas sólidas errantes

Na dança louca dos amantes.

Longínquos

O som que alheia a cena

Com o cenário impossível

O gozo na alcova pleno